Ae Kamerads:
Eu comprei a minha amada, idolatrada, salve, salve sportster 883 Custom em julho passado e somente tive a oportunidade de viajar, em setembro, para Pitanga. foi um passeio curto, só prá acostumar com a motoca.
Neste mês de janeiro, aproveitado que a D. Russa também estava de férias, saímos, sem pressa rumo ao sul de Minas Gerais. Vou dividir esse relato em três partes, a moto, o percurso e as minhas impressões sobre a máquina. Tirei poucas fotos com o celular, pois estava sem uma máquina fotográfica decente.
A moto:
Quando comprei a moto, ela já veio equipada com suspensões traseiras PS, escapes esportivos e Sissy-bar escamoteável. Comprei apenas um par de alforjes novo e uma bolha grande, estilo Chips.
Retirei o encosto do sissy-bar o no seu lugar, coloquei o baúleto com encosto, instalei os alforjes, o banco origina, uma antena corta-pipasl e a bolha grande (no dia a dia uso uma mini-bolha e um banco esportivo). Depois instalei um par de almofadas GelSeat, modelo novo, para que pudesse também testá-los.
A 883 na configuração dia-a-dia:
A 883 com o banco original mais as almofadas GelSeat novas:
A 883 vestida para viagem (foto tirada em Cambuquira-MG)
O percurso:
Como não tinhamos pressa, optamos por sair sempre um pouco mais tarde, entre 8 e 10 h da manhã, o que se revelou uma boa estratégia, pois nesse horário a maioria dos caminhões já ia longe e o tráfego nas rodovias era geralmente bem mais tranquilo.
Partimos de Curitiba na segunda, 12/01/09, às 9 h, tocamos até Registro/SP e um pouco adiante pegamos a Serra de Juquiá. Nesse trecho, tentei acompanhar um casal que estava numa VStrom, mas o cara era mais bração que eu, eheheh... passei-o e fui embora, seguindo para Sorocaba, depois Itú e finalmente, Atibaia, lá pelas 16 h. A minha idéia era tocar direto até Pouso Alegre, mas a D.Russa começou a reclamar do cansaço de modo que arranjamos um hotel, tomamos banho, passeamos um pouco pela cidade, jantamos, fizemos séquiço e fomos dormir, eheheh...
Na terça, reabasteci a moto saímos lá pelas 9 h, pegamos a Fernão Dias e tocamos direto por Pouso Alegre (o Jota tem razão...ô cidadezinha desinteressante, eheheh) e almoçamos e Santa Rita do Sapucai. Depois, tocamos para Pedralva e daí até São Lourenço. Acomodamos nossas coisas no Hotel Termo-não sei-o-que (meia boca, mas barato - R$ 65,00 a diária por casal, com café da manhã), e fomos direto para o Parque das Águas, "lavar a poeira da estrada". Um bom banho de imersão em águas quentes sulforosas, que tirando o cheiro de peido desse tipo de água, nos fez muito bem... só achei caro (R$ 20,00 por pessoa. Nas Termas de SC, Gravaltal e Pirinópolis, um banho desses custa entre R$ 3,00 e R$ 5,00).
No dia seguinte, deixamos o grosso das tralhas no hotel e fomos conhecer Caxambú, onde passamos o dia. Antes de sair a D.Russa reclamou um monte do capacete que estava usando, um M5. Por sorte, havia uma loja de motos quase em frente ao hotel e compramos um capacete novo por lá. O capacete velho foi doado ao primeiro moto boy que cruzou o nosso caminho.
Caxambú é um pouco menor que São Lourenço, e menos "organizada", mas é uma localidade bonita. Deixamos a moto na praça, aos cuidados de um flanelinha, que inclusive tratou com uma senhora de uma das lojinhas para guardar as jaquetas e capacetes, contratamos uma charrete e fomos conhecer a cidade e adjacências.
Retornamos a São Lourenço no final da darde, mais um banho de imersão, mais um pouco de séquiço, jantamos e fomos dormir. No dia seguinte, saímos um pouco mais cedo e fomos para São Tomé das Letras. Até a chegada na cidade, tudo bem. Mas quando entramos na cidade, começou a bateção. As ruas são calçadas com enormes placas de pedra irregulares, com desníveis de até 10 cm. Resolvi deixar a moto na praça e os equipamentos numa loja e contratar um jipeiro para conhecer as cachoeiras das redondezas. Confesso que quase me arrependi de gastar R$ 70,00 nesse passeio, pois a estrada não era tão ruim assim, apenas um pouco pior que a estradinha da Tapera, e, desculpem-me os mineiros, mas para quem está acostumado com Corupá e Prudentópolis, as Cacheiras de São Tomé não chamam muito a atenção.
Porém, na volta do passeio, desabou um aguaceiro sem tamanho. Santa Reduzida Batman! adrenalina pura, eheheh... retornamos à praça, emlameados, colocamos as roupas de chuva e tocamos 130 km abaixo de toró até São Lourenço... onde caímos na velha rotina: banho quente de imersão, jantar e séquiço, eheheh...
Aproveitamos a quinta e a sexta-feira para conhecer São Lourenço e redondezas, à bordo de outra possante charrete. Eu ainda queria mais séquiço mas a D.Russa me mandou à merda, eheheh...
Aliás, digno de nota foi um encontro inesperado com um colega madiano do ES que estava fazengo um "bico de férias" no Estado vizinho:
No sábado cedinho, lá pelas 10 h, partimos de São Lourenço, com destino a São Bento do Sapucaí, onde almoçamos num restaurante no alto de um morro (caro prá cacete), mas com uma vista esplêndida:
Depois do almoço, tocamos para Campos do Jordão e esse foi o pedaço mais penoso da viagem, pois além da chuva, pegamos o "caminho mais curto". Uma serrinha prá lá de travada, lisa, úmida, havia até limo na pista em certos trechos, com muita sujeira (barro, folhas, galhos). Levamos quase 1 hora e meia nesse trajeto. Depois, foi a rotina de sempre (banho quente, jantar, passeio e nada de séquço, eheheh).
Na segunda feira, 9 hs, iniciamos o regreço. Tocamos até Taubaté, onde pegamos a Carvalho Pinto, depois já em São Paulo, pegamos a Marginal Tiete, depois a Marginal Pinheiros, daí a Régis Bittencourt e chegamos em casa antes das 19 h.
O comportamento da motoka:
A 883 me surpreendeu, positivamente, em vários aspectos. Somados aos 265 kg da moto, havia o combustível (17 L), as bagagens (dois alforjes e um baú lotados), o peso do gel seat (us 6 kg), o meu peso, que não conta muito e o da D.Russa, que compensa o meu, eheheh... resultado, tudo devia passar dos 450 kg fácil. E a motoka nem "tchum", respondia ao acelerador como se estivesse vazia.
A velocidade de cruzeiro ficou entre 100 e 120 km/h nas estradas de mão dupla e entre 120 e 140 nas estradas de pista dupla, com direito a picos de quase 160 km/h nos retões (141 reais, pelo GPS). A moto tinha gás para ir além mas o meu CG (coeficiente de cagaço) não permitiu. O detalhe é que com a bolha grande a moto atingia legal os 140, sem balançar ou tremer, comigo sentadão, ereto, eheheh... outra coisa digna de nota é o torque: nada de perder embalo ou ter que reduzir marchas nas subidas.
A suspensão traseira PS mostrou a que veio. Foram raras as vezes que deu "fim-de-curso", no entanto pareceu-me mais dura que a da Savage, com a qual eu tinha feito, no ano passado, uma viagem de 1650 km com a D.Russa.
Quanto à ciclística, a moto é muito estável nas retas, mesmo em piso ruim e eu não senti nenhuma dificuldade nas curvas. Ela é um pouco mais pesada e prá colocá-la nas curvas mais fechadas tinha que usar o contra-esterço, puxar a moto com o joelho e forçar um pouco com o pé a pedaleira oposta. Mas uma vez no traçado da curva beleza, a moto não apresentava nenhuma tendência, permanecendo neutra (a Savage tinha a tendência de abrir a frente nas curvas).
Quanto ao consumo: no passeio à Pitanga, sozinho, a moto tinha feito 26 km/L. Nesse passeio agora, garupada e carregada, a motoka surpreendeu de novo. Foram consumidos exatos 90 litros de gasolina e percorridos exatos 2.053 km, resultando numa média de 22,8 km/L.
A vibração do V2 não chegou a incomodar. É uma vibração com menor frequência e maior amplitude que a vibração das Big Single, como a Savage e a XT 600. Só achei a embreagem muito dura, principalmente nas serrinhas, pois fora disso é colocar quinta marcha e esquecer da vida.
A posição das pedaleiras, que na 883C é mais avançada que nas outras 883 é bem cômoda, tanto para o piloto quanto para a garupa.
Em relação aos novos modelos de almofada GelSeat, eles foram aprovados. A grande vantagem que eu percebi não foi durante o tempo que estive sobre a moto, pois não tem jeito, chega uma hora que a bunda não aguenta, não há posição que resolva. O efeito da almofada de gel era nitidamente percebido nos momentos em que eu descia da moto. Em poucos segundos a dor e o desconforto passavam, não ficava aquela sensação de formigamento.
Uma única coisa que eu estranhei na motoka: não vazou nem uma gota de óleo nem baixou um mililitro sequer o nível do óleo. Também não perdi (que tenha visto) nenhum parafuso pelo caminho.
Será que a motoka está com algum defeito? eheheheh...
Fonte: http://www.debatemotos.com/phpBB2/viewtopic.php?t=8835
Jerfferson Ferrugem
pherrugem@gmail.com
O Russo é um dos mais antigos e assíduos participantes do fórum M@D.
ResponderExcluirRi demais lendo o relato dele. Muito bom.
amanhã vou ler essa parada aí.
ResponderExcluirFotos com celular: Isso explica a má qualidade das fotos.
ResponderExcluirO bauleto instalado deixou a máquina feita. Cortou e muito o estilo dela.
Também não gosto de bauleto em moto custom.
ResponderExcluirE esse celular do Russo é uma miséria. Aff... hahahahahah