Depois de receber a visita do ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, em Manaus, o diretor industrial da Moto Honda, Issao Mizoguchi, disse que as vendas da fábrica, no Brasil, caíram 20% em janeiro deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado. Ele atribuiu à redução à falta de crédito no mercado consumidor. Mizoguchi acha que a população continua buscando comprar o que deseja e que o poder de compra dela ainda é maior que o medo da crise econômica.
"O mercado brasileiro tem muitos clientes em potencial. Acho que o consumidor está mais sem recursos para adquirir o que deseja do que assustado com a crise mundial. São pessoas que querem adquirir motocicletas ou qualquer outro produto. O que esfriou o mercado foi a falta de condições para que possam adquirir esse produto. Basta que o governo ajude a população a ter crédito. Se resolver essa questão, teremos mais vendas", avaliou.
De acordo com Mizoguchi, no caso da Honda, a maior dificuldade neste momento é gerar o fluxo de caixa para pagamento de fornecedores, matéria-prima, peças e empregados. A direção da empresa, ressaltou ele, está mantendo o quadro de empregados sem reduções, poque entende que as demissões não serão capazes de trazer soluções desejadas neste momento de crise econômica.
"Nem sempre há dinheiro em caixa para fazer esse pagamento. Ainda assim, entendemos que se todo mundo for demitir por causa da crise, a economia não gira. No nosso caso, temos 10 mil colaboradores e seus familiares diretos, ou seja, temos uma responsabilidade social imensa. A demissão não resolve a crise", avaliou.
Localizada há 33 anos em área central do Pólo Industrial de Manaus, a fábrica da Moto Honda ocupa uma área construída de 192 mil metros quadrados. A empresa emprega diretamente 10 mil trabalhadores, entre servidores administrativos e de produção. Além desses, ainda há os prestadores de serviços terceirizados, como os que trabalham com alimentação, limpeza, transporte e fornecimento de componentes. A fábrica da Honda em Manaus é a única representante da marca no Brasil. No total, aproximadamente 30 mil trabalhadores diretos e indiretos prestam algum tipo de serviço profissional à empresa na capital do Amazonas.
O diretor industrial da fábrica da Honda em Manaus, Issao Mizoguchi, informou ainda que durante o carnaval toda a produção será temporariamente interrompida para ajustar as linhas às demandas de produção. "É uma parada programada. Todas as linhas ficarão suspensas neste período. Serão sete mil funcionários previamente já avisados. Terminado este período vamos retomar as atividades normalmente", garantiu.
O ministro Carlos Lupi se comprometeu a ajudar as fábricas da capital amazonense. Ele destacou que as empresas do Pólo Industrial de Manaus precisam de incentivos cada vez mais fortes para gerar mais postos de
trabalho.
"Aqui na Honda tivemos um problema de financiamento por causa da crise e dos créditos bancários que ficaram muito altos. Contudo, estou me movimentando para ajudar e fazer com que esses recursos cheguem mais rapidamente às linhas de produção e ao consumidor. Penso que o Brasil terá uma posição de vanguarda no processo de crescimento pós-crise.
A partir de março, o Brasil vai crescer na economia e geração de emprego e surpreender", afirmou o ministro Lupi.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas, a crise financeira mundial provocou 17 mil demissões no Pólo Industrial de Manaus em 2008.
Fonte: Diário do Comércio e Indústria - DCI
Material copiado do site: http://www.rockriders.com.br/
Sem mais para o momento.
Fiquem com Deus!
Éder Negreiros – Esspiao (esspiao@hotmail.com)
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Trilhados M. C. – Mossoró/RN
www.trilhados.com
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