*Kawasaki ER6-n: diversão e versatilidade A chegada oficial da Kawasaki no Brasil com a inauguração da fábrica em Manaus mostra a seriedade de sua empreitada num mercado que já desponta dentre os maiores do globo. A primeira moto a ser nacionalizada foi a Ninja 250R seguida da Z750 e agora a ER6-n, que permitiu oferecer ao publico produtos de primeira aliado a preços competitivos. Ganha o consumidor que conta cada vez com mais opções. Texto e Fotos: Claudinei Cordiolli |
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Design moderno atrai olhares por onde passa. | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Apresentada no Salão das Duas Rodas de 2009 já na versão 2010, o modelo ER6-n foi lançado na Europa em 2005. Desde então, sofreu alterações, mas não perdeu a identidade: quadro exposto, escapamento com saída embaixo da moto, amortecedor traseiro montado na horizontal e motor de dois cilindros paralelos alimentados por injeção eletrônica. Estas são as características que forma sua marca registrada. Os piscas integrados dão volume a ER6 Diferente das concorrentes tem o velocimetro analógico e conta giros digital O painel de instrumentos a primeira vista é estranho, pois tem o velocímetro analógico e conta giros digital, mas na prática o fundo branco do velocímetro tem a iluminação homogênea e de fácil leitura, tanto de dia quanto a noite. O conta-giros de barras digital com iluminação laranja também é fácil para visualizar. Merece destaque a existência de dois hodômetros parciais, relógio e marcador de combustível, este último com uma precisão acima da média. O motor embora derivado da ER5 é totalmente novo. O cambio foi modificado e resultou em um motor mais compacto e com maior capacidade cúbica. Por ter “apenas” dois cilindros, foi possível fazer uma moto bem estreita e compacta. O sistema de escape é posicionado sob a moto e sai na frente da roda traseira. Esse posicionamento ajuda na centralização das massas, o que baixa o centro de gravidade e ajuda na agilidade e equilíbrio do conjunto. Motor derivado da ER5 é completamente O garupa conta com boas alças de apoio Estreita enfrenta facilmente os corredores nos grandes centros Escapamento com saída embaixo da moto baixa o centro de gravidade O amortecedor traseiro é fixado sem links de forma simples e direta. Por conta disso seu funcionamento se mostrou pouco progressivo no início do curso, mas em longo prazo mostrará a vantagem de ter uma manutenção simples exatamente pelo fato de não ter buchas ou rolamentos na sua fixação. Seu posicionamento bem a vista na lateral também facilita o ajuste de pré-carga da mola com a ferramenta especial que faz parte do kit que acompanha a motocicleta. O motor de 649cc de dois cilindros em linha conta com 4 válvulas por cilindro acionado por duplo comando no cabeçote (DOHC). A injeção eletrônica com 38 milímetros proporciona uma resposta suave ao acionamento do acelerador. Para minimizar a vibração, o motor é montado sobre coxins de borracha e o guidão é montado também sobre coxins e com pesos nas extremidades. As pedaleiras também possuem acabamento de borracha, o que elimina a vibração. O cambio de 6 velocidades tem engates precisos, porém com o acionamento um pouco duro. A sexta marcha é longa e possibilita trafegar em rotação mais baixa na velocidade de cruzeiro (em torno de 120 km/h) com baixo nível de ruído e aumentando a economia de combustível. O conjunto de freios é composto por duplo disco 300mm do tipo “margarida” acionado por pinças com dois pistões na dianteira e disco simples de 220mm também do tipo “margarida” e pinça de um pistão na traseira. Na cidade Uma boa opção para uso diário O amortecedor exposto tem fácil ajuste. O freio dianteiro mostrou um acionamento um pouco duro e exige força para frear com vontade. Já o freio traseiro apresentou o acionamento um pouco borrachudo, mas com boa potência. A suspensão dianteira não possibilita nenhum ajuste, mas se mostrou bem calibrada para uso na cidade com boa capacidade de absorção das irregularidades sem transmitir incômodos ao piloto. A suspensão traseira necessitou ajuste na pré carga (eu tenho 98kg) da posição 3 (para piloto de 85kg conforme o manual) para a posição 5 (mais carga, mais rigidez). Esse ajuste é simples e não necessita desmontar nada. Basta para isso usar a ferramenta especial que faz parte do kit de ferramentas. Após o ajuste o comportamento melhorou nas irregularidades, mas ainda é inferior a uma suspensão ligada por links que tem o início da ação mais progressivo. Na cidade o motor se mostrou econômico para sua cilindrada, fazendo uma média de 18,5 km por litro. Seu bom torque aparece em baixa rotação e não é necessário trocar de marcha a toda a hora. O motor responde satisfatoriamente ao comando do acelerador e ganha velocidade rapidamente e sem tropeços, o que indica um ajuste do sistema de alimentação por injeção eletrônica bem mapeada para nossa gasolina. Na estrada Na estrada a baixa autonomia do tanque de 15 litros obriga a fazer mais paradas para abastecimento. O banco é confortável para piloto e garupa Confortável e ergonômico o banco tem dois níveis. O material da capa não deixa o corpo escorregar e seca rapidamente após a chuva. A garupa não foi esquecida e fica bem acomodada com a ajuda das alças de apoio para se segurar. O posicionamento alto do painel e o fundo branco do velocímetro permitem leitura imediata e fácil visualização de todas as informações. O motor de dois cilindros com torque de 6,7 kgf.m e potência de 72,1 cv mantém facilmente uma velocidade de cruzeiro de 120km/h. Há potência de sobra para, se necessário, alcançar velocidades maiores mas sua concepção naked torna a condução a velocidades maiores incômoda, por conta do vento que exige esforço dobrado da musculatura do pescoço e dos braços. Nesta situação o consumo manteve a média de 20 km/l com autonomia teórica próximo dos 300km um pouco baixo para grandes viagens. Nas estradas sinuosas a ER6-n permite diversão, pois ela coloca toda sua agilidade para mudanças rápidas de trajetória à disposição. O bom torque do motor proporciona poucas trocas de marcha e exige pouca aceleração para ganhar velocidade nas saídas de curva. Os pneus Dunlop SportMax Roadsmart 120/70ZR17M/C na dianteira e 160/60ZR17M/C na traseira se mostram bem adaptados ao modelo. Essa linha de pneus da Dunlop tem duplo composto (são duros no centro e médios nas laterais) e são voltados mais a durabilidade e pilotagem na chuva do que a desempenho. Com um pneu mais macio sem dúvida a ER6-n ficaria ainda mais divertida. Conclusão Por R$ 25,5 mil é uma ótima opção. Ficha Técnica
*Nota da Redação - A motocicleta apresentada nesta avaliação é de propriedade do fotógrafo e colaborador de Motonline, Claudinei Cordiolli, que, por sua própria iniciativa e sugestão, decidiu escrever esta avaliação ora publicada. Infelizmente Motonline não testou a Kawasaki ER6-n porque a fábrica não dispõe de unidades devidamente licenciadas para circulação normal em ruas e estradas. Motonline entende que a validade de um teste de motocicleta em parque fechado, como seria a condição de teste da motocicleta da fábrica, é limitada e não reflete a realidade do uso normal dos consumidores. | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
domingo, 13 de junho de 2010
KAWASAKI ER6-N
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