Os motociclistas e a política
Eleições 2010
07/07/10 - Querendo ou não, pelos próximos meses teremos que encarar mais um processo eleitoral. Este ano, com o nosso voto, vamos eleger deputados estaduais, deputados federais, senadores, governadores e presidente da república. Eu sei que muitos de vocês têm ojeriza ao assunto política, entretanto, é a política que determina muita coisa em nosso dia a dia.Não sei se é do conhecimento de todos, mas no ano passado, cansado de ver inúmeros projetos absurdos tramitando no congresso nacional, sem que nós, motociclistas, tenhamos representatividade para contrapor na justa medida – a fim de que não soframos ainda mais com legislação incongruente, que não leva em conta as especificidades do uso da motocicleta – resolvi me filiar a um partido político, para que, de acordo com a lei eleitoral pudesse estar em condições de me candidatar a um cargo eletivo nas próximas eleições.
Conversei com amigos, colegas do setor e optei por um partido, mas por questões éticas não vou revelar o nome. Fato é que me filiei decidido a colocar meu nome para apreciação dos motociclistas do Estado de São Paulo, como candidato ao cargo de deputado federal, pois é o deputado federal que, entre outros assuntos, legisla sobre trânsito, justamente onde nós somos muito atacados.
Ocorre que o tempo passou e, após rever uma série de fatores, cheguei à conclusão de que não temos unidade. Os motociclistas ainda não estão pensando como um grupo coeso. Somos uma multidão, mas estamos espalhados, como diz um ditado popular: “Cada um por si e Deus por todos”. Por isso realmente não temos representatividade no Congresso Nacional.
Veja no caso da via expressa da Marginal e da 23 de Maio, a ABRAM foi a única entidade a se posicionar contra a decisão da prefeitura em proibir as motocicletas nessas vias. Veja, não somos contra simplesmente por ser contra. Já expus inúmeras vezes nossos argumentos e você nos apoiou? As demais entidades não.
Por isso, mesmo recebendo o convite oficial do partido do qual me filiei para participar da Convenção Nacional, a fim de que fosse oficializada a minha legenda como candidato a deputado federal, declinei o convite e optei por não ser candidato, dos motociclistas e do setor das duas rodas. Não porque não precisamos de representação, pelo contrário, e nem porque me julgo incapaz. Quem nos conhece sabe que, sem demagogia ou falsa modéstia, trabalhamos muito pelo setor.
Ocorre que infelizmente cheguei à conclusão de que nós, motociclistas, ainda não estamos preparados. E não falo isso somente por mim, e sim porque dificilmente nessas eleições elegeremos um motociclista realmente comprometido com as nossas causas como nosso novo representante nas assembléias legislativas do país ou na Câmara Federal.
Então, além de nos prepararmos para o futuro, nessas eleições, só nos resta duas saídas: votarmos com consciência, a fim de que possamos reeleger quem é motociclista ou quem mesmo não sendo se posicionou corretamente nas votações de projetos de leis que têm relação direta ou indireta ao nosso dia a dia como profissional, ou escolhermos um candidato estreante na política que, motociclista ou não, seja idôneo e demonstre seriedade e compromisso com a nossa causa.
Pensemos seriamente nisso!
Lucas Pimentel , 41 anos, é presidente da ABRAM - Associação Brasileira de Motociclistas, membro titular da Câmara Temática de Educação para o Trânsito e Cidadania do CONTRAN.
Tel. (11) 3338-2872 ou 2771-5590
E-mail: pimentel@abrambrasil.org.br
Marcellus Luiz
Trilhados M.C
Vice presidente
Eheheheheh!!!
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