Por um ar mais limpo
Conheça as motocicletas que fazem bonito nas ruas e ainda ajudam o meio ambiente
SÃO PAULO (SP) – Nos tempos atuais, crescem as preocupações com o meio ambiente e o que sobrará dele para os próximos dias. Há, no mundo, tratados como o protocolo de Kyoto que procuram reduzir a emissão de poluentes na atmosfera. O Brasil está nessa, e consegue, com certo sucesso, cumprir essa norma desde quando foi proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU), nos anos 1980.
Alguns países, como os Estados Unidos, não são signatários deste documento por motivos óbvios – leia-se econômico – no entanto, sofrem certa pressão da comunidade internacional para que se juntem à maioria das nações.
De volta ao Brasil (sem qualquer menção à seleção de futebol), grande parte da população prefere usar os veículos particulares por conta do nosso sistema público de transporte se mostrar ineficiente ao longo dos anos.
Boa parte prefere os carros para se locomover de casa para o trabalho e vice versa. Outra parte, cada vez mais crescente, adere às motos, por facilidade de locomoção, custo baixo de combustível, peças e estacionamento. E por que não dizer menos poluição na atmosfera? Porém, aí há uma ressalva.
De acordo com um relatório da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) de 2009, as motos fabricadas a partir de 2008 poluem até quatro vezes mais que os carros, embora isso já tenha sido pior. O fato é que desde 2002 a própria Cetesb, em conjunto com as montadoras, inaugurou o Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares (Promot), que tem como diretriz diminuir significativamente as emissões de poluentes emitidos pelas motocas. Os resultados já podem ser vistos: em 2003 uma moto de 150 cc emitia na atmosfera cerca de 13,0 de CO2 por g/km (grama por quilômetro), em 2009 esse número caiu para 2,0 de CO2 por g/km.
As fabricantes assimilaram que precisam contribuir com o planeta, e já começam a montar modelos que oferecem ao consumidor veículos flex e até a bateria e célula de combustível. Alguns ainda são protótipos, mas já mostram o que podemos aguardar dessa contribuição com o planeta, sem, é claro, perder o espírito de liberdade que uma motocicleta pode proporcionar.
Crédito: Divulgação Kasinski
A primeira elétrica
A Kasinski apresentou no mês passado a primeira scooter de fabricação nacional, a Prima Electra. Com nível de ruído baixíssimo, o novo modelo é movido a energia elétrica, ou seja, seu combustível é 100% verde. De alto rendimento, a scooter chega a transformar até 80% da energia em trabalho e pode ser recarregada em qualquer tomada de energia elétrica. O usuário gasta, em média, apenas R$ 1,10 para abastecê-la e rodar até 50 km. Em relação aos modelos movidos a combustão (gasolina), o custo do IPVA é 25% menor.
Automática, a scooter é uma boa pedida para quem não é muito fã da troca de marchas. Outra vantagem é que o modelo oferece ainda três opções de pilotagem: econômica (gerando alta eficiência e velocidade reduzida para deslocamentos, com maior aproveitamento da autonomia), conforto (velocidade moderada para uso em trechos de média inclinação) e esportiva (máxima potência, para ultrapassagens ou trechos com necessidade de maior arrancada).
Um baú já é acoplado para facilitar o transporte de objetos, e conta também com gancho frontal para fixação de sacolas e bolsas. A scooter Kasinski Prima Electra vem equipada ainda com rodas de liga leve e freio a disco dianteiro.
Moto Prima Electra
Motor: bateria de chumbo ácida 48 V / 36 Ah
Cilindrada: 150
Potência: 2,73 cv
Torque: nd
Partida: elétrica
Peso: 128 kg
Fonte de recarga: qualquer tomada
Autonomia: 50 km
Cores: vermelha e prata
Preço sugerido: R$ 5.290
Seguindo na bateria
A marca chinesa Lon-V desenvolveu o e-retrô 2000W, elétrica ao extremo que dispensa até óleo lubrificante. Feito com a mesma tecnologia da Prima Electra, o modelo vem sendo procurado cada vez mais por pessoas que buscam um estilo de vida mais sustentável, com um toque de saudosismo, afinal é só olhar bem para a moto e se imaginar passeando pelas ruas de Nápoles, na Itália.
A moto com cara de Vespa consegue rodar 45 km, gastando apenas R$ 15 mensais. É um bom número, mas para quem gosta de exigir muito das motos é melhor escolher outro modelo, porque ela não aguenta fortes emoções. Para quem precisa se locomover no dia a dia com charme e elegância, ela é uma ótima pedida.
Moto: e-retrô 2000W
Motor: elétrico de corrente contínua
Cilindrada: 146,7 cc
Potência: 2,73 cv
Torque: nd
Partida: elétrica
Peso: 118 kg
Fonte de recarga: 127/220 Vac Bivolt
Autonomia: 50 km
Cor: azul
Preço: R$ 7.295 (Tabela FIPE)
Emoções chocantes
Quer exigir de uma moto elétrica? A marca austríaca KTM tem uma opção excelente, a única diferença é que a moto não é vendida no Brasil, só nos Estados Unidos, e é para competição. Sob o rótulo de freeride, a marca apresentou a moto no último salão de Tóquio, realizado em março deste ano. No entanto, a produção em série deve começar apenas no ano que vem.
O chefe de vendas da KTM, Hubert Trunkenpolz, é um dos maiores entusiastas do modelo. “É extremamente importante para nós. Como fabricante mundial de motos off-roads esportivas, é parte da nossa responsabilidade fazer todo o possível para garantir a vitalidade contínua do esporte off-road. Uma das consequências é que percebemos uma solução por meio de um motor elétrico puro”.
Moto: KTM Freeride
Motor: bateria de lítio
Cilindrada: 200 cc
Potência: 3,41 cv
Torque: 4,38 kgf.m
Partida: elétrica
Peso: 90 kg
Fonte de recarga: qualquer tomada em uma hora e meia
Autonomia: não divulgado
Cores: laranja e preta
Protótipo de energia limpa
Em parceria com a Suzuki, a companhia britânica Intelligente Energy projetou a Crosscage ao eliminar a necessidade de radiador e sistema de refrigeração.
Localizada logo acima do tanque de combustível de hidrogênio, a célula de combustível é muito compacta, leve e poderosa. A energia é armazenada na bateria de íons de lítio ou enviada para o motor.
Com a combinação de oxigênio e de hidrogênio do tanque de combustível, a combustão é a vapor de água, assim há zero emissão de carbono. Um único tanque de hidrogênio da Crosscage pode viajar 200 km e tem 125 cc.
O "Crosscage", do qual a moto recebeu o nome, não é apenas uma escolha estética, e sim para proteger o tanque de combustível. Além disso, há um sensor na parte superior do chassi que verifica constantemente se há vazamentos de hidrogênio e desliga o tanque de combustível se houver qualquer anormalidade.
Após ter apresentado ao mundo do motociclismo a moto "Crosscage fuel-cell" em 2007, a Suzuki do Japão decidiu aplicar esta tecnologia na forma mais prática e acessível de transporte sobre duas rodas: a scooter. O resultado é a Burgman Fuel-Cell.
Equipada com uma célula de combustível refrigerada a ar, ela é leve, compacta e estruturalmente simples. Seu tanque de hidrogênio 70MPa (tanque com a mais alta pressão utilizada em uma moto até o momento) permite grande autonomia. Ainda não tem previsão de lançamento.
Um pouco de gasolina para esquentar
A CG 150 Titan Mix EX possui todos os atributos das versões KS e ES – motorização com tecnologia bicombustível, chassi resistente, sistema de suspensões e freios eficientes.
Inspirada em motocicletas naked de maior cilindrada, tem design moderno e ousado. A lateral e o motor formam um conjunto uniforme, os piscas são integrados tanto na dianteira quanto na traseira e o tanque robusto possui linhas harmoniosas e marcantes.
O painel de instrumentos apresenta grafismo com fundo verde – remetendo ao tema da preservação ambiental. Além de velocímetro, luzes indicadoras de direção, farol alto e neutro, marcador de combustível, hodômetros total e parcial e luz de diagnóstico da injeção eletrônica, o modelo conta com as luzes “MIX” e “ALC”, que fornecem informações que orientam os usuários sobre a partida a frio.
O chassi, em aço estampado, oferece rigidez às torções e agilidade em manobras urbanas. O tanque, com capacidade para armazenar 16,1 litros de combustível, proporciona conforto ao piloto, devido ao melhor encaixe de suas pernas.
O motor OHC (Over Head Camshaft) monocilíndrico, quatro tempos, de 149,2 cm³, arrefecido a ar, com comando de válvulas no cabeçote e balancim, ambos roletados, é alimentado por sistema de injeção eletrônica PGM-FI (Programmed Fuel Injection). O modelo bicombustível roda com álcool, gasolina ou com a mistura de ambos em qualquer proporção.
Com relação ao desempenho, a utilização da gasolina permite um funcionamento mais linear e progressivo do motor. Já o álcool favorece um comportamento mais vigoroso e ligeiramente mais potente.
Moto Honda Titan Mix
Motor: OHC, monocilíndrico,4 tempos, arrefecido a ar
Cilindrada: 149,2 cc
Potência: gasolina: 14,2 cv a 8.500 rpm/ álcool: 14,3 cv a 8.500 rpm
Torque: 1,32 kgf.m a 6.500 rpm/ álcool: 1,45 kgf.m a 6.500 rpm
Alimentação: Injeção
Partida: pedal e elétrica
Tanque: 16,1 litros
Peso: 118,8 kg
Cores: preta, cinza metálica, vermelha e laranja metálica
Preço: R$ 7.265
Combustão pouca é bobagem
A Yamaha YS 250 Fazer inaugurou a família de motocicletas "verdes" de 250 cc no Brasil. A Fazer 250 de 2010 vem com um Sistema Yamaha de Injeção Eletrônica e agora também adotou uma sonda lambda (sensor de oxigênio) e novo catalisador. O conjunto dessas tecnologias permite aos veículos uma emissão reduzida de poluentes e um consumo menor de combustível.
Mesmo antes das exigências legais, a Fazer 250 já vinha com emissões inferiores aos limites solicitados pelo Promot. Desenvolvida para atender as necessidades em seu segmento, a moto apresenta características como: elasticidade do motor destacada a baixos e médios regimes de rotações – não dá trancos mesmo abaixo da faixa útil – retomada de aceleração, conforto, estabilidade, ciclística e economia.
O conjunto mecânico ainda tem características que colaboram para o conforto, robustez e qualidade dos componentes, como "Balance Engine" (sistema de contrapesos no eixo do virabrequim), engrenagens das cinco marchas reforçadas e caixa de filtro de ar com grande capacidade (3,5 litros), para um melhor funcionamento do motor em baixas e médias velocidades.
Ficha técnica
Moto Fazer 250
Motor: 4 tempos, OHC, refrigerado a ar com radiador óleo, 2 válvulas
Cilindrada: 250 cc
Potência: 21 cv a 8.000 rpm
Torque: 2,1 kgf.m a 6.500 rpm
Alimentação: injeção
Partida: elétrica
Tanque: 19,2 litros
Peso: 137 kg
Cores: preta, vermelha e roxa
Preço: R$ 10.950
Fonte: Motovrum
ABRAM
Marcellus Luiz
Trilhados M.C
Vice presidente
Eheheh, a Yamaha sempre com tecnologia de ponta, muito massa,,, ;D
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