Sobre a viagem de ida.
- Saímos de Mossoró exatamente às 5:28 da manhã da quinta-feira, dia 30 de abril de 2009, do Posto Imperial, localizado no Alto de São Manoel. Dessa forma, tivemos um excedente de 13 minutos se levada em consideração a tolerância padrão de espera por atrasados. O desejo de cada um de nós era o de chegarmos em Paulo Afonso/BA antes de anoitecer.
Foram sete as paradas do comboio principal até chegarmos a Paulo Afonso, sendo elas:
1 - Entroncamento da entrada para Jucurutu/RN
Hora: 6:16
Km: 61,80
Motivo: Espera de Tiago TCM, amigo do Aspira Arnilton, que chegou bem atrasado ao ponto de partida.
2 – Jucurutó/RN
Hora: 7:17
Km: 135,20
Motivos: Abastecimento (Pérola Negra bebeu R$ 20,00 em gasolina, o que deu para 7,5 litros) e café da manhã (comemos e bebemos a vontade com o valor de R$ 6,00).
3 – Patos/PB
Hora: 9:45
Km: 285,00
Motivo: Abastecimento (Pérola Bebeu 8,44 litros de gasolina, ao custo de 22,19)
4 – Serra de Texeira/PE
Hora: 10:50
Km: 313,6
Motivos: Fotos e breve hidratação.
5 – Sertânia/PE
Hora: 13:05
Km: 431,4
Motivos: Almoço e abastecimento (Pérola recebeu R$ 23,15 de gasolina, o que deu para 8,3 litros)
6 – Inajá/PE
Hora: 15:44
Km: 568,7
Motivos: Abastecimento (Pérola Negra bebeu 6,22 litros. O custo foi de 17,00)
7 – Jatobá/PE
Hora: 17:35
Km: 652,7
Motivos: Lanche, hidratação e limpeza da viseira dos capacetes. Alguns dos integrantes do comboio aproveitaram para abastecer.
Após 697,3 km chegamos ao evento em Paulo Afonso. A chegada se deu às 18:50. Fomos recebidos pelo forte ronco dos motores que vinham das mais variadas partes do Brasil. Na chegada estávamos com duas “baixas”: Luzimarque e Polary. Não tínhamos notícias dos dois desde a hora da separação.
- A viagem de ida em poucas palavras:
A viagem ida foi tristemente marcada pelo desencontro. O comboio principal deixou dois para trás em Caicó, sendo eles Luzimarque (Membro Honorário) e Polary (Aspira). Os que estavam na frente ganharam vantagem no trânsito daquela cidade, em meio aos semáforos e cruzamentos. Luzimarque e Polary se basearam em informações confusas e acabaram pegando um caminho diferente após se separarem do grupo, pois não conheciam a rota e estavam sem mapa. No meio da confusão, a moto do Aspira apresentou problemas na transmissão e a corrente da mesma teve que ser substituída. Eles pararam em uma lan house para terem acesso ao mapa do trajeto, que se encontrava no site dos Trilhados. Os dois chegaram a Paulo Afonso duas horas depois do comboio principal – algo que jamais poderia ter acontecido.
A tocada foi bastante forte, e girava em torno dos 130 km/h. O ritmo foi erradamente ditado por Ciro Sabino e sua 1.000cc, o que dificultou a vida das motos pequenas que fizeram parte da viagem.
O mapa não foi seguido à risca. Os que estavam na frente saíram um pouco do caminho programado em alguns momentos, o que me deixou ainda mais confuso e atrapalhado. Poucos sabiam a rota, uma minoria havia visto o mapa no site e apenas um tinha o mesmo impresso: Eu. O negócio mesmo era fazer de tudo para não ficar para trás.
O susto foi imenso ao nos depararmos com o trecho de malha viária após Inajá. A pista estava completamente destruída! Em alguns pontos era melhor rodar pelo acostamento do que sobre a pista (ou sobre o que restava dela). O trecho em péssimas condições era de apenas 10 km de extensão, mas nos cansou bastante.
A chuva, que era esperada, só veio quando anoiteceu e já estávamos bem perto do nosso destino. Foi uma chuvinha fina e tranqüila que não nos causou problemas.
Impressionou-me a quantidade de animais na pista e às margens dela. Jumentos, cavalos, vacas, bodes, cachorros e raposas faziam parte da paisagem.
Sobre a viagem de volta:
· Deixamos Paulo Afonso por volta das 6:10 da manhã do domingo, dia 03 de maio de 2009. O comboio principal partiu da frente da Pousada Lua Cheia, onde eu estava hospedado junto a outros três (Ciro, Erivando e Eduardo). O combinado era de encontrar Luzimarque, que estava hospedado em uma cidade vizinha, na frente de um Posto de Fiscalização. A viagem de volta começou com um grave erro: Ciro, que saiu na frente, não parou no Posto, cruzou com Luzimarque na estrada sem vê-lo e dessa forma rodou cerca de 20 quilômetros por um caminho errado, por uma estrada na qual nem deveríamos passar. Eu cheguei a botar 130 km/h em Pérola para alcançar Ciro, mas não obtive sucesso. Mesmo eu estando de punho colado a cada centena de metros rodada ele se distanciava mais. Quando o erro foi corrigido e Luzimarque se juntou ao grupo eu tomei uma decisão, a de assumir a posição de ferrolho do comboio. Pensei: “Desse jeito vai ficar gente para trás e mais gente vai se perder. Se isso ocorrer, eu quero estar junto, para não me sentir culpado.” Afirmo que, acho que por causa da escolha que fiz, a viagem de volta foi uma das mais prazerosas de minha vida! O tempo todo eu estava atrás da “última vértebra da serpente de motos”. Em todos os momentos que alguém parou, o Esspiao parou atrás e lá ficou até que os dois seguissem viagem. Foram 5 as paradas realizadas na viagem de retorno.
1 – Caraibera/PE
Hora: Entre 7 e 8 da manhã
Km: 126,3
Motivos: Abastecimento (Pérola bebeu 8,1 litros, ao preço de R$ 22,00)
2 – Sertânia/PE
Hora: 10:35
Km: 304,4
Motivos: Abastecimento e lanche/almoço (Pérola bebeu 10,5 litros, o que me custou R$ 29,05)
3 – Texeira/PB
Hora: 13:05
Km: 417,7
Motivos: Abastecimento (5,64 litros por R$ 15,00)
4 – Patos/PB
Hora: 13:39
Km: 447,6
Motivos: Lanche
5 – Jucurutú/RN
Hora: 16:10
Km: 593,10
Motivos: Abastecimento (7,50 litros por R$ 20,00)
Eu cheguei em Mossoró sozinho exatamente as 18:00 horas com o hodômetro marcando 725,30 km. Alguns dos participantes estavam me esperando pouco depois da entrada da cidade. Fizemos algumas fotos e rumamos para os nosso lares.
- A viagem de volta em poucas palavras:
A tocada também foi forte e o número de paradas menor do que as feitas na ida. As paradas foram mais objetivas e breves. Isso fez com que o tempo e viagem diminuísse bastante.
Um cachorro de raça pé-duro quase me derruba. Ele estava andando pelo acostamento ao lado de uma pessoa (seu provável dono) e decidiu avançar para a moto de Fidel. Papai Smurf nem viu o canino, mas eu, que estava bem atrás, quase atinjo o puguento em cheio.
Fidel comentou ter tomado um grande susto com uma vaca que saiu do meio do mato na entrada de uma curva.
O Aspira Polary deu um trabalhinho ao Grupo... Coisas que exigiram alguns puxões de orelha por parte dos veteranos da turma.
Para não dizer que não teve nada de chuva na volta, pegamos apenas finas neblinas em determinados pontos.
As condições da viseira do meu capacete começaram a me incomodar quando a noite caiu, já bem perto de Mossoró. Insetos, poeira e outras coisas sem identificação precisa atrapalhavam bastante a minha visão e tornavam difícil a pilotagem ao cruzar outros veículos. Eu deveria ter parado para fazer a higiene da viseira, mas a preguiça e a vontade de chegar em casa impediram-me de realizar tal tarefa.
É gratificante ver as luzes da cidade após uma viagem como essa que fizemos. Ao ver de longe Mossoró toda iluminada fiz uma oração bem gostosa falando em voz alta. Agradeci por tudo ter dado certo, por tudo ter sido tal como foi.
Considerações finais:
Primeiramente parabenizo os três Aspirantes a Trilhados que fizeram parte dessa aventura, sendo eles: Arnilton, Fidel e Polary. Pelo que pude ver, fomos o Moto Clube do RN com maior participação no evento. Ao mesmo tempo, lamento por todos aqueles que queria ter ido, mas que por variados motivos não puderam fazer essa viagem.
O evento é bom e é grande, também é muito bem estruturado, mas percebemos alguns pecados graves cometidos pela organização. Pretendo sim voltar àquele lugar... Mas não durante o Moto Energia. Eu tive certeza de que aquele foi o maior evento no qual eu estive presente, e que ele deve ser o maior do Nordeste, e um dos maiores do Brasil.
Em Paulo Afonso e nas cidades vizinhas tem muito o que se ver. O lugar é show! O conselho que dou aos que pretendem ir pra lá é: Preparem suas câmeras, cartões de memórias, pilhas, etc. Tem muito o que ser registrado.
Soluções para os problemas ocorridos na viagem:
· Separar as motos participantes em dois grupos: Os que querem e podem andar forte e os que não podem ou não querem acompanhar essa turma;
· Exigir que todos os participantes estejam com o mapa impresso em mãos na hora da viagem e que o mesmo seja seguido com exatidão;
· Definir com antecedência os locais de abastecimento. Neles, todos deveriam abastecer. Os que preferissem abastecer em outros postos seriam deixados para trás.
Éder Negreiros Barbosa
Trilhados M. C. – Mossoró/RN
www.trilhados.com
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